Por Victória Bissaco
O Agosto Lilás encerrou em Mato Grosso do Sul com cerca de 35 medidas protetivas concedidas por dia no estado. Ao todo, foram 1.096 medidas expedidas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Somente no mês passado, foram registrados 1.760 boletins de ocorrência contra casos de violência doméstica no estado.
Em estatísticas, uma mulher precisa de medida protetiva por hora em Mato Grosso do Sul. Os dados da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) registram 14.661 vítimas de violência doméstica neste ano no estado. Nos primeiros oito dias de setembro, já foram denunciados 454 crimes do tipo.
O Relatório divulgado pelo TJMS aponta, ainda, que a Justiça encerrou agosto com quatro sessões de julgamento sobre casos de feminicídio. Ainda, conforme a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, a Protetivas On-line, ferramenta digital para que mulheres em situação de violência doméstica possam solicitar medidas protetivas de urgência, alcançou 1.180 pedidos em três anos de funcionamento.
O Agosto Lilás é uma campanha realizada anualmente pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul para combater a violência doméstica e familiar contra a mulher. A Lei Estadual nº 4.969/2016 instituiu a ação e prevê a divulgação da Lei Maria da Penha, bem como educar e conscientizar a sociedade sobre o assunto, especialmente quanto à importância de denunciar agressores.
Se você está em situação de violência doméstica ou conhece alguém que esteja, não se cale. As denúncias podem ser realizadas de maneira anônima e segura na Central de Atendimento à Mulher, por meio do telefone 180, um serviço do Governo Federal, que funciona 24h, todos os dias, onde são prestadas informações, orientações e feitas denúncias ou em qualquer delegacia de Polícia do Estado.
Em situações de urgência e emergência, quando uma agressão estiver acontecendo, ligue 190. Todas as unidades da Polícia Militar e as Delegacias de Polícia Civil do Estado estão aptas a receber/orientar mulheres em situação de violência. E lembrando: em briga de marido e mulher se mete sim a colher!