Por Victória Bissaco
Mato Grosso do Sul registrou índices inversos ao cenário nacional do abate de bovinos, frangos e suínos. O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta queda no abate de cabeças de bois e de frangos, enquanto o de porcos, aumentou 2,2%. Os comparativos são referentes ao 2º semestre deste ano e do ano passado.
Conforme o IBGE, o abate de suínos bateu recorde no 2º trimestre de 2023 no estado. Ao todo, foram abatidas 691.608 mil cabeças no período deste ano. No primeiro trimestre, a produção era ainda maior, com 703.084 abates.
Quanto ao abate de bovinos, que apresentou ótimos índices a nível nacional, Mato Grosso do Sul registrou queda de 5% entre 2022 e 2023. No 2º trimestre deste ano, foram abatidas 807 mil cabeças de bovinos. Paraná, Santa Catarina e São Paulo acompanharam a queda sul-mato-grossense.
No país, foram abatidas 8,36 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 12,6% superior à obtida no 2° trimestre de 2022, e 13,4% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior.
Mais uma queda no estado foi quanto ao abate de frangos. O registro é de 43,5 milhões de cabeças de frangos abatidas em Mato Grosso do Sul, com queda de 4,4% em relação a 2022.
No 2º trimestre de 2023, foram abatidas 1,56 bilhão de cabeças de frangos em todo o país, representando aumento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2022 e queda de 3,2% na comparação com o 1° trimestre de 2023. Este resultado proporcionou o melhor segundo trimestre na série histórica da pesquisa, iniciada em 1997, com os maiores registros já computados em meses de maio e junho.
Ovos e couro - No estado, foram produzidas 18,9 milhões de dúzias de ovos de galinha no 2º trimestre deste ano - um aumento de 3,6% em comparação ao mesmo período do ano passado.
A nível nacional, a produção de ovos de galinha foi de 1,05 bilhão de dúzias. Essa quantidade é 2,9% maior que a do mesmo trimestre em 2022 e supera em 2,0% o trimestre imediatamente anterior. A produção foi a segunda maior já registrada, e a maior para um 2º trimestre desde o início da série histórica da pesquisa, em 1987.
Quanto à produção de couro, o estado é o segundo das unidades federativas que mais recebee peças de couro cru para processamento, com 12,8% da participação nacional, ficando atrás apenas de Mato Grosso (16,2%).
No 2º trimestre de 2023, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 8,38 milhões de peças de couro. Esse total representa aumentos de 9,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022 e de 8,5% frente ao 1º trimestre de 2023.