Por Wendell Reis | InvestigaMS
Os vereadores da Câmara de Campo Grande estão montando um verdadeiro quebra-cabeça para descobrirem qual a melhor opção para troca de sigla na janela partidária, que abre no próximo semestre. A metade já decidiu que mudará de sigla, mas encontra dificuldade para escolher destino.
O Podemos vive o caso mais emblemático, onde os três vereadores do partido devem trocar de sigla para concorrer. “Estamos definindo. Eu, provavelmente, não vou ficar no Podemos porque não está fazendo chapa. Ninguém chamou a gente para conversar ainda. Vou ver. Tem muita água para passar debaixo desta ponte”, explicou o vereador Roniço Guerreiro, que integra a bancada do Podemos ao lado de Clodoílson Pires e Zé da Farmácia.
O Podemos será o segundo partido com mais baixas na Câmara, perdendo apenas para o PSD, que sairá da posição de maior legenda na Casa. Dos oito, apenas dois não ameaçaram a saída: Otávio Trad (PSD) e Delei Pinheiro (PSD).
O líder da prefeita, Beto Avelar (PSD), pode ir para o PP, mesmo caminho de Professor Riverton (PSD). Silvio Pitu (PSD) estuda transferência para o PSDB e Tiago Vargas (PSD), que por enquanto está inelegível, pode ir para o PL ou PP. Junior Coringa (PSD) e Valdir Gomes (PSD) ainda não decidiram o destino, mas já falaram que podem sair.
Valdir Gomes estuda o destino e avalia o peso das chapas. Ele já pensou em se filiar ao PSDB, mas está de olho na dificuldade que será encontrada com o inchaço do partido na janela. É grande a possibilidade de o partido chegar a oito vereadores na janela partidária.
O PP, da prefeita Adriane Lopes, também deve crescer com a janela partidária, o que também provoca medo em quem deseja mudar de sigla. A expectativa é de que o partido se torne o segundo maior da Câmara com a abertura da janela. Se confirmada a ida de Riverton, Beto e Tiago, o partido chegará a cinco, contando com Victor Rocha e João Rocha. Esse número pode chegar a sete, se os dois vereadores do Patriota seguirem o mesmo caminho.
Porta fechada
O PSB, que está crescendo no Estado, embalado principalmente pelo fato de ter o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, é um dos procurados, mas não deve aceitar vereadores. O presidente estadual, Paulo Duarte, responsável pelo fortalecimento do partido, espera contar com apenas dois vereadores na chapa. O partido tem o presidente da Câmara, Carlão, e já anunciou que filiará Marcos Tabosa (PDT), fechando a lista de pessoas com mandato na chapa.
O MDB, que já foi o maior partido na Câmara, tenta se reconstruir, mas por enquanto não é o destino mais procurado na janela partidária. Apenas Junior Coringa pode se mudar para o partido que estuda a candidatura de André Puccinelli na Capital. Sem candidatura própria, o PSD também não será o destino mais procurado e seguirá o modelo do PSB, de fechar a porta para vereadores, para não dificultar a vida de quem já tem mandato, e mais ainda de quem está tentando chegar ao primeiro.
Outros partidos que não têm representantes apostam na candidatura majoritária para tentar eleger vereadores. O PDT, tem Lucas de Lima como pré-candidato, mas perderá Tabosa. O PRTB, de Capitão Contar, não tem nenhum vereador na Câmara. Já o União Brasil, que pode apostar em Rose Modesto, tem apenas Alírio Vilassanti.
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