Dia do estudante é marcado com ato do movimento estudantil em Campo Grande

Estudantes protestaram contra a reforma do novo ensino médio, cortes feitos pelo novo arcabouço fiscal e a favor de cotas para pessoas transexuais

14/08/2023 00h00 - Atualizado em 28/08/2023 às 14h16

Por João Pedro Buchara

Estudantes do ensino médio e do ensino superior realizaram um ato público na última sexta-feira (11), na Praça do Rádio, contra o novo arcabouço fiscal e os cortes de gastos voltados para a educação básica de ensino. A manifestação, promovida nacionalmente pela União Nacional dos Estudantes (UNE), ocorreu em diversos estados do país. Em Mato Grosso do Sul os militantes aderiram a mobilização com foco na capital do estado.

O ato contou com a participação de integrantes da União da Juventude Socialista (UJS), União da Juventude Comunista (UJC), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e entre outras entidades políticas. Com o apoio dos sindicatos, as juventudes tiveram acesso a um carro de som que colaborou para que eles ocupassem uma faixa em segurança.

As pautas levantadas pelos estudantes presentes na manifestação foram em prol das cotas de pessoas transexuais dentro das universidades e contra os cortes orçamentários, além de se posicionarem contra o projeto do novo ensino médio para escolas públicas.

A acadêmica de Ciências Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e vice-presidente da UNE de Mato Grosso do Sul, Kamilly Vitória, ressaltou a importância da data do dia do estudante e mobilização do movimento estudantil. Ela também explica que o que difere os atos estudantis realizados contra do governo federal anterior e os que ocorrem na atual conjuntura é a comunicação com a base estudantil. "A gente entendia que era um governo que não abria portas para diálogo com os estudantes, não abria possibilidade de discussões e era totalmente contra às pautas estudantis".

Yuri Amizadai, atual secretário de Movimento Estudantil do Diretório Central Acadêmico (DCE) da UFMS, afirma que a pandemia do Covid-19 atrapalhou a presença dos estudantes secundaristas nas mobilizações políticas. Para ele, a adesão e a busca do espaço político é fortemente representada pelos estudantes de universidades.

Paulo Phelipe, estudante do ensino médio, esteve presente no ato representando a Juventude do PT (JPT) e afirma que a mudança afeta tanto os alunos quanto os professores da rede pública. O secundarista explica que há questionamentos sobre as escolhas do Ministro da Educação, Camilo Santana, dentro dos movimentos aliados ao atual governo federal como os sindicatos e juventude. "Até mesmo dentro do partido há muitos blocos que andam pressionando o ministro e na questão dos estudantes é quase unânime a rejeição dos estudantes".

As juventudes se concentraram na Praça do Rádio às 16h30 para confecção de cartazes. A passeata começou às 17h30 em direção à Praça Ary Coelho.


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