Impacto social: Conheça a história de um dos artistas mais marcantes do Brasil

Confira algumas de suas obras!

05/06/2022 00h00 - Atualizado em 24/06/2022 às 19h08

Candido Portinari nasceu em 29 de dezembro de 1903, na fazenda de café Santa Rosa, em Brodowski, interior de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, desde criança manifestou a vocação artística. Aos 15 anos, foi para o Rio de Janeiro aprender mais sobre pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes.

Em 1928, conquistou o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Foi para Paris e voltou ao Brasil em 1931, quando retratou em suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista. Obteve seu primeiro reconhecimento no exterior em 1935 e a segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, Estados Unidos, com a tela “Café”, que retrata uma cena da colheita típica da região em que nasceu.

A inclinação muralista de Portinari se revelou nos painéis executados no Monumento Rodoviário da estrada Rio de Janeiro – São Paulo, em 1936, e nos afrescos do Ministério da Educação e Saúde, realizados entre 1936 e 1944. Esses trabalhos representam um marco na evolução da arte de Portinari, afirmando a escolha pela temática social que conduziu suas produções.

Nessa época, explorou a arte, tanto no Brasil quanto no exterior, com murais, painéis e decorações. Em 1940, expôs, individualmente, no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York, um sucesso de críticas, vendas e público. No mesmo ano, a Universidade de Chicago publicou o primeiro livro sobre o pintor: “Portinari, His Life and Art”.

A convite do arquiteto Oscar Niemeyer, colaborou com o conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), no mural “São Francisco” e na “Via Sacra”, na Igreja da Pampulha. O crescimento do nazifascismo e os horrores da guerra reforçaram o caráter social e trágico de sua obra, retratado em “Retirantes” e “Meninos de Brodowski”, entre 1944 e 1946. Também sofreu influência da militância política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro e candidatando-se a deputado, em 1945, e a senador, em 1947.

Em 1946, Portinari voltou a Paris para realizar sua primeira exposição em solo europeu, na Galerie Charpentier. Dois anos depois, em 1948, o artista se exilou no Uruguai por motivos políticos, onde pintou o painel “A Primeira Missa no Brasil”, encomendado pelo Banco Boavista do Brasil. Produziu ainda painéis sobre outros momentos históricos do país, como o julgamento de Tiradentes e a chegada da família real portuguesa.

Em 1955, recebeu a medalha de ouro concedida pelo Internacional Fine-Arts Council de Nova York como o melhor pintor do ano. Em 1956, recebeu o Prêmio Guggenheim do Brasil e, em 1957, a Menção Honrosa no Concurso Internacional de Aquarela do Hallmark Art Award, de Nova York. No final da década de 50, realizou várias exposições internacionais.

Portinari foi o único artista brasileiro a participar da exposição 50 Anos de Arte Moderna, em 1958, no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas. Ele faleceu em 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava enquanto preparava uma grande exposição a convite da Prefeitura de Milão.

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