Por Wendell Reis | InvestigaMS
A Câmara de Campo Grande aprovou, nesta terça-feira, os projetos que garantem insalubridade a agentes comunitários de saúde e combate a endemias e trabalho remoto em parte da jornada.
O projeto foi aprovado com voto contrário apenas do vereador Professor André (Rede), mas com debate intenso e direito a ironias.
O vereador Marcos Tabosa (PDT), ferrenho crítico à prefeita Adriane Lopes (PP), defendeu o projeto e chegou a dizer que não se pode fazer críticas com o fígado, pontuando a necessidade de construção com diálogo.
A declaração provocou risos dos vereadores e ironia do presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB). “Adeus Beto”, brincou, em referência ao líder da prefeita, Beto Avelar (PSD).
Beto também ironizou e disse que ficou arrepiado com a defesa de Tabosa. Já o vereador Valdir Gomes (PSD) disse que votaria com o novo líder, Tabosa. Entretanto, criticou a falta de reajuste para demais servidores.
Valdir Gomes pontuou que há seis meses busca melhoria para três mil servidores e não tem resposta. “Quem está padecendo é quem tem 30 anos de serviço e recebe 800 reais. Os Servidores estão abandonados”, afirmou, defendendo reajuste para as 48 categorias, com data base em maio e sem reajuste.
O projeto prevê uma divisão dos valores, com 1% para este ano, e outros 19% nos três anos seguintes, o que provocou críticas dos vereadores Victor Rocha (PP), Luiza Ribeiro (PT) e Valdir Gomes (PSD).
Luiza Ribeiro chegou a avaliar o projeto como inconstitucional, ressaltando que não se pode fazer acordos para outros gestores, já que o mandato de Adriane acaba no próximo ano. Ela também pontuou que há erro no impacto da folha, de R$ 36 mil, o que seria um erro no projeto.
A vereadora ainda lembrou que outras categorias estão recorrendo à justica. “é brincar com todo mundo, com a categoria, com a cidade”, concluiu.
Com a aprovação, os agentes poderão cumprir duas horas de trabalho por dia em home office. Serão seis horas diárias no campo e outras duas para trabalho em casa.
Outro projeto garante parcelamento, em cinco vezes, da insalubridade para categoria. Serão 20%, no total, sendo 1% em outubro deste ano e os outros 19% divididos nos meses de outubro de 2024, 2025, 2026 e 2027.
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