O 5G é a quinta geração da internet móvel, versão mais recente e poderosa em comparação ao 4G e ao 3G, ainda muito utilizados no Brasil. Com essa nova rede, além do aumento na velocidade dos dados, que pode chegar a ser 20 vezes mais rápida que as versões atuais, a conexão entre os dispositivos é ampliada, com maior alcance do sinal.
A nova tecnologia permite a interconexão entre os dispositivos, como equipamentos de casa ou do trabalho, de forma simultânea, além do uso de gadgets que não são conectados à internet. Além disso, possibilita a evolução da “Internet das Coisas” - objetos, equipamentos e eletrodomésticos com acesso à internet, que se comunicam e transferem dados entre si - e potencializa as atividades remotas como, por exemplo, estudo e trabalho com maior qualidade em videochamadas.
Com esse novo recurso, além do uso pessoal, as indústrias, principalmente as mais tecnológicas que atuam com inteligência artificial ou robótica, também serão beneficiadas, já que milhares de equipamentos podem estar interconectados em uma mesma rede para serem operados de forma remota e segura, o que não é possível na rede atual.
Para se ter uma noção, um aparelho 4G pode atingir, no máximo, 150 mbps (megabites por segundo) e demora até 6 minutos para fazer o download de um vídeo de 1 gigabyte. Já o 5G, pode chegar a 10.000 mbps, gastando menos de 5 segundos para baixar o mesmo vídeo. Além disso, na rede 4G, a capacidade de dispositivos conectados é de cerca de 10 mil aparelhos por quilômetro, já o 5G pode comportar até 1 milhão de dispositivos conectados por quilômetro. Considerando o tamanho do Brasil, o 5G também significa maior alcance do sinal em áreas afastadas dos grandes centros.
No uso pessoal, ter um aparelho com a tecnologia do 5G é importante, já que, com ele, o tempo para downloads e uploads será muito mais rápido. Até a economia de bateria dos aparelhos deve ser otimizada. Contudo, embora tenha uma velocidade extremamente maior que a do 4G, fatores como a localização do sinal, a operadora e a quantidade de usuários na rede podem alterar a performance do 5G em relação à que ela pode oferecer.
Em janeiro de 2022, dados coletados pela Counterpoint Research apontaram que a venda mensal de smartphones 5G ultrapassou a venda dos modelos 4G e já correspondem a 51% do mercado desse tipo de aparelho. Só na China, 84% dos celulares vendidos já possuem a tecnologia 5G. Esse aumento se deve, principalmente, ao desenvolvimento de modelos mais acessíveis e de diferentes marcas e fabricantes, facilitando as trocas de aparelhos por novos com a recente tecnologia. A Coreia do Sul foi o primeiro país a lançar o 5G comercialmente, em abril de 2019, e apesar de ainda não estar presente em pleno funcionamento no Brasil, segundo o relatório da Viavi Solutions de 2021, 65 países já contavam com a rede, somando mais de 1600 cidades.
O leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em novembro de 2021 estipulou o início do funcionamento do 5G nas capitais brasileiras até julho de 2022. Contudo, em maio deste ano, a empresa que coordena a implementação no país pediu ao conselho da Anatel o adiamento do prazo, justificando demora em algumas etapas do processo de ativação da tecnologia, como a “limpeza da faixa”, e falta de equipamentos importados. Mesmo assim, a previsão é que todas as capitais tenham o 5G funcionando ainda em 2022 e as cidades com mais de cem mil habitantes, até 2028.
Os custos para ter acesso a essa tecnologia no país ainda não estão definidos, mas, baseando-se no preço dos outros países, estará na média de R$ 150,00 mensais, nos pacotes das operadoras. Contudo, esse valor não deve levar em conta o gasto para trocar ou adaptar os equipamentos que recebem o sinal, que devem ser compatíveis com o 5G para funcionarem.
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