Por redação
A Fifa anunciou que cada uma das 736 jogadoras que disputarão a Copa do Mundo Feminina deste ano terá uma premiação individual mínima garantida, variando de 30 mil dólares (R$ 147 mil) para quem sair na primeira fase até 270 mil dólares (R$ 1,3 milhão) para cada uma das integrantes da seleção campeã.
De acordo com a Fifa, o pagamento será feito diretamente às jogadoras. O valor mínimo representa mais que o dobro do salário médio de uma jogadora profissional no mundo em 2022 (14 mil dólares), segundo o último relatório financeiro do futebol feminino divulgado pela Fifa.
Veja a distribuição dos prêmios por fase alcançada
30 mil dólares para cada uma das 368 jogadoras das 16 seleções eliminadas na primeira fase - premiação total de 11.040.000 dólares
60 mil dólares para cada uma das 184 jogadoras das oito seleções eliminadas nas oitavas - premiação total de 11.040.000 dólares
90 mil dólares para cada uma das 92 jogadoras das quatro seleções eliminadas nas quartas - premiação total de 8.280.000 dólares
65 mil dólares para cada uma das 23 jogadoras da seleção quarta colocada - premiação total de 3.795.000 dólares
180 mil dólares para cada uma das 23 jogadoras da seleção terceira colocada - premiação total de 4.140.000 dólares
195 mil dólares para cada uma das 23 jogadoras da seleção vice-campeã - premiação total de 4.485.000 dólares
270 mil dólares para cada uma das 23 jogadoras da seleção campeã - premiação total de 6.210.000 dólares
O dinheiro destinado às 736 jogadoras inscritas na Copa do Mundo soma 48,9 milhões de dólares, quase a metade dos 110 milhões destinados pela Fifa como premiação total do torneio, que será realizado de 20 de julho a 20 de agosto na Austrália e na Nova Zelândia.
A seleção brasileira feminina está no Grupo F da Copa Feminina, com Panamá, França e Jamaica. A estreia será no dia 24 de julho, contra as panamenhas. Depois, o Brasil jogará contra França, dia 29, e Jamaica, dia 2 de agosto.
O valor destinado às jogadoras neste modelo de distribuição sem precedentes terá um impacto real e significativo nas vidas e carreiras dessas atletas. Além isso, cada federação também vai receber um valor recorde, baseado em sua performance, que poderá ser reinvestido no futebol dos seus países e, acreditamos, irá ajudar a desenvolver o jogo feminino ainda mais - afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em nota divulgada pela entidade.
A garantia de um pagamento individual foi um dos pedidos das jogadoras em uma carta enviada à Fifa em outubro do ano passado, assinada por atletas e sindicatos de mais 150 países, através do Sindicato Mundial de Jogadores (Fifpro). A entidade celebrou a decisão dos dirigentes da Fifa.
- Eles escutaram as vozes das jogadoras e nós avançamos alguns passos em direção a uma maior equidade de gênero no mais alto nível do nosso jogo. Este é o legado de uma ação feita pelas jogadoras e para as jogadoras, não só de hoje como as de amanhã - diz a Fifpro em um comunicado oficial.
Os 110 milhões de dólares destinados à premiação total das seleções - não só para jogadoras, mas comissões técnicas e também federações nacionais - representam um aumento de quase 300% em relação ao valor distribuído na última Copa do Mundo Feminina, em 2019, no entanto ainda significa 25% dos 440 milhões de dólares de premiação na Copa do Mundo Masculina do Catar-2022.