Por Wendell Reis | InvestigaMS
O diretório do MDB em Ponta Porã enviou resposta ao presidente do partido em Mato Grosso do Sul, deputado Junior Mochi, após ter a eleição suspensa por interferência do ex-governador André Puccinelli, presidente de honra do partido.
Na resposta, assinada pelo presidente do diretório em Ponta Porã, Nestor Loureiro Marques, o grupo pede respeito ao estatuto do partido e democracia para livre escolha do presidente do diretório.
“Não há nada mais democrático em uma democracia do que a realização da eleição. São os integrantes da agremiação partidária, que elegeriam através do voto da maioria, os integrantes do Diretório Municipal, que foi ilegalmente suspensa em razão de meras conjecturas, o que é um total absurdo. O destino do MDB de Ponta Porã, com a formação do diretório municipal, seria definido pelos convencionais, ou seja, os filiados do partido político”, alegam.
Indignados com a imposição, os filiados dizem que cancelar a eleição é o mesmo que rasgar o estatuto do partido. “Retirar o princípio democrático ao voto do maior partido democrático da nação é o mesmo que rasgar o Estatuto da agremiação partidária, o que deve ser reconsiderado pelo Diretoria Estadual, determinando a continuidade da convenção, com a realização da eleição do Diretório Municipal do MDB de Ponta Porã”, solicitam.
O caso
A confusão começou depois que o ex-governador André Puccinelli apareceu de surpresa em uma reunião local do partido para tentar convencê-los a não realizar eleição do diretório. A missão não teve sucesso e dias após um grupo de filiados apresentou pedido de intervenção do diretório estadual.
No pedido, os filiados relatam brigas entre grupos e acusam o presidente de “manchar a imagem do partido com ataques a filiados”. Segundo o requerimento, o partido não estaria em condições livres e democráticas com a participação de todos os filiados.
Nestor, por sua vez, nega problemas e questiona a imposição do partido. “Somos os antigos emedebistas. As coisas funcionam na conversa, diálogo. Com conversa e diálogo, chegamos a acordo. Não questionamos o André, mas a conduta. Achamos que temos o direito de escolha em Ponta Porã, nossa cidade. Quem tem o direito de escolha são os membros do diretório e jamais podemos aceitar imposições. Aceitamos diálogo, conversa, porque somos companheiros desde Wilson Barbosa Martins, passando por Plínio, até André Puccinelli. Não podemos aceitar certo tipo de imposição que a maioria não aceita”, detalhou.
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