Por Wendell Reis | InvestigaMS
A lista de alvos da Operação Anarque, realizada pelo Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), entre os envolvidos dois presidentes de Câmara, sete advogados outros servidores públicos.
Na lista, a presidente da Câmara Paranhos, cidade no interior de Mato Grosso do Sul, e um vereador e ex-presidente da Câmara do Município de Engenheiro Beltrão, no Estado do Paraná, Valdir Hermes da Silva.
Abaixo os nomes dos alvos de mandados do Ministério Público:
Alana Soares Teixeira, Alex Fernandes da Silva, Amanda Alves Cipriano, Ana Regina Garbossa, Cícero Alves Frasão, Elizabeth Brites Benites, Esli Cezar Ferreira dos Santos, Evelym Almeida Barbosa, Everson Dias Camargo, Fellipe Aiache Bueno, Gigliane Nascimbeni Gaspar da Silva, Gislaine Dias Camargo Ramos, Givanildo Carlos de Lima, Gustavo Soares de Oliveira, Iolanda Michelson Pereira, Jacira da Paixão, Jeferson Dias de Camargo, Joice Paula dos Santos, Jonathan Luiz Correia Mota, Josiane Alvarenga Nogueira, Kaio Lennon Soares de Oliveira, Karen Fernanda Cipriano, Laudair José Cintra, Luana Venturini Militz, Luiz Fernando Cardoso Ramos, Lurdes Samurio, Márcia Aparecida Bueno, Michael Soares Rigonato, Nádia Soares, Natalia Michelsen Pereira, Nataniel Soares, Nayara de Carla Carvalho Soares, Robson Ruiz Lopes, Rogério Assis Pereira, Stephanie Navarro da Costa, Thiago Cardoso Ramos, Thiago Raphael de Britto, Valdir Hermes da silva e Wanderson Cleyber Soares dos Santos.
O Caso
Segundo MPE, no total são cumpridos 39 mandados de prisão preventiva e 51 mandados de busca e apreensão. A operação também acontece na Bahia (Barreiras), Goiás (Goiânia), Mato Grosso (Sinop), Minas Gerais (Iturama), Paraíba (João Pessoa), Paraná (Araucária, Cascavel, Campo Mourão, Guarapava, Peabiru, Engenheiro Beltrão e Icaraíma) e Piauí (Floriano), todos expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Competência Residual da comarca de Campo Grande.
O trabalho identificou duas organizações criminosas lideradas por advogados responsáveis por mais de 70 mil ações judiciais em todas as regiões do país, muitas delas consideradas temerárias pelo Poder Judiciário (praticamente todas as demandas partem da premissa de que empréstimos consignados são forjados).
Segundo a investigação, as organizações criminosas, mediante série de ardis, obtêm procurações de idosos, deficientes e indígenas para, ao final, ajuizarem múltiplas demandas em nome deles contra instituições financeiras, terminando cerca de 10% dos casos com procedência; quando não são feitos acordos em massa com instituições financeiras.
Segundo a investigação, os envolvidos exploravam pessoas em grave situação de pobreza e vulnerabilidade social e movimentaram cerca de R$ 190 milhões em menos de cinco anos de atividade.
A palavra Arnaque, em francês , quer dizer golpe.
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