Por Wendell Reis | InvestigaMS
Um novo processo que tramita na Justiça Eleitoral, de investigação contra o Podemos, pode resultar em nova dança das cadeiras e vaga para o PT na Assembleia Legislativa. Para isso acontecer, os três partidos que respondem processo na justiça eleitoral precisariam ser condenados. Entretanto, uma cláusula de barreira mudaria tudo e a vaga, no final, sobraria para o PP.
Atualmente, tramitam na justiça eleitoral processos para cassação de mandato contra o PRTB, já condenado na Justiça local, com cassação de Rafael Tavares; União Brasil, que pode custar o mandato de Roberto Hashioka (União); e do Podemos, que custaria a vaga de Rinaldo Modesto (Podemos).
Encerrado o processo eleitoral, o quociente eleitoral ficou em 58.524 votos. A Justiça Eleitoral chegou a este número somando todos os votos válidos (1.404.566), dividido pelo número de deputados na Assembleia Legislativa (24 parlamentares). Todavia, os processos podem acabar mudando o quociente e as cadeiras
No processo já julgado em Mato Grosso do Sul, Rafael Tavares perdeu o mandato. Caso não reverta no Tribunal Regional Eleitoral, Paulo Duarte (PSB) assumirá a vaga. Sem os votos do PRTB, o quociente partidário cairá para 55.916, o que abrirá espaço para o PSB entrar na briga. O partido conseguiu 44.882 votos e conseguiria entrar na briga pelas sobras por muito pouco, com 80,26% do quociente eleitoral. Neste cenário, a vaga fica com o mais votado pela coligação, ex-deputado estadual Paulo Duarte, com 16.663 votos. A legislação garante vaga para quem consegue 80% do quociente.
Segunda vaga
Caso União Brasil ou Podemos sejam condenados, a nova vaga seria, por número de votos e calculada a sobra, do PSDB, que tem maior número de votos para garantir a vaga. Neste caso, João Mattogrosso seria efetivado. Hoje ele ocupa a vaga graças a licença pedida por Pedro Caravina, para assumir como secretário de Governo.
Terceira vaga
Agora, se Podemos e o União forem condenados, o quociente cairá para 49.595 votos. No processo normal, a vaga ficaria com o Partido dos Trabalhadores, sigla com o maior número de sobras, . Quem assumiria, neste caso, é o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci, que teve 6.196 votos válidos. Entretanto, ele não atingiu a cláusula de barreira, de 20% dos votos válidos, o que lhe impediria de assumir o mandato.
Seguindo a conta das sobras, o próximo partido na fila com mais votos é o PP, o que garantiria a vaga para o ex-deputado Marçal Filho, que obteve 24758 votos, atingindo a cláusula de barreira dos 20% do quociente eleitoral.
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