Moradora questiona e MPE vai investigar destinação e falta de cemitério de animais na Capital

O Ministério Público Estadual, por intermédio da promotora Luz Marina Borges, abriu procedimento administrativo para acompanhar a atuação do Município de Campo Grande no que tange à destinação final de animais domésticos

18/05/2023 00h00 - Atualizado em 18/05/2023 às 13h52

Por Wendell Reis | InvestigaMS

O Ministério Público Estadual, por intermédio da promotora Luz Marina Borges, abriu procedimento administrativo para acompanhar a atuação do Município de Campo Grande no que tange à destinação final de animais domésticos.

O procedimento foi aberto após denúncia de uma moradora que perdeu um gatinho e ficou sem saber onde enterrá-lo, já que não poderia fazer um sepultamento formal, como é feito com humanos em funerárias.

“Hoje morreu meu gatinho Back… a dor que sinto é enorme, já chorei muito. Foram 11 anos de alegrias, de artes, de doenças, de um amor incondicional… Muitas histórias pra contar. Era parte da família. Quem nunca perdeu um bichinho de estimação ? A pergunta que fica é: E AGORA, ONDE ENTERRAR ??? Nossa sociedade tem a tradição cultural de enterrar seus entes queridos. Como não considerar da família um bichinho que viveu por 11 anos na mesma família ??? Segundo o veterinário Junior a solução é descarte, ou cremação pra me devolver as cinzas, ou enterrar no meu terreno (SIC)”, iniciou.

A moradora não considerou nenhuma das alternativas viável, principalmente pela presença do filho em todos os momentos. “Não posso deixar em minha casa, não posso transformar minha casa em um cemitério. As alternativas de ter as cinzas em casa ou enterrá-lo em casa são ofensivas ao bem-estar da família, e ofende nossa cultura de respeito aos entes queridos que se foram. Liguei na PAX, pois já recolho a taxa junto à empresa e me disseram que não é permitido o sepultamento de animais com seus donos. Acabei escolhendo descartar meu menino… pois fica viva a lembrança que ele me deixou. Não foi nem um pouco digno, mas as normas vigentes são desumanas e cruéis, não está certo continuar assim”, questionou.

A denunciante recordou que já existem cemitérios em outras cidades e em nossa cidade isso só não se viabiliza por questões políticas. “Já tentaram criar um cemitério de animais no bairro Lageado, mas não foi viável por ter um lençol freático. Ora, por que os cemitérios já existentes, que cobram por esse serviço de enterrar nossos entes queridos (que são matéria orgânica e já tem licenciamento ambiental), não podem enterrar os animais que tem a mesma matéria orgânica que as pessoas?”, indagou.

Após a denúncia, a moradora solicitou que seja criado um cemitério de animais e seja firmada parceria com cemitérios particulares para que se permita o sepultamento dos pets com sua família.

A promotoria solicitou que a Prefeitura informe qual método (enterro, cremação ou descarte) de destinação final de animais domésticos é tecnicamente menos agressivo ao meio ambiente e se há previsão de implantação de cemitério ou crematório pelo poder público municipal. Além disso, questionou a Solurb sobre o que é feito com os animais que são entregues para descarte.

LINK|-|https://investigams.com.br/2023/05/18/moradora-questiona-e-mpe-vai-investigar-destinacao-e-falta-de-cemiterio-de-animais-na-capital/|-|InvestigaMS


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