Por Wendell Reis | InvestigaMS
O ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB) vive dias fora da mídia após disputar o Governo do Estado e perder o mandato na Assembleia Legislativa. Destaque na última eleição, quando chegou ao segundo turno e se tornou conhecido, o ex-deputado curte agora a vida de cidadão comum, mas pode voltar ao jogo a convite do Partido Liberal (PL), onde ficou por pouco tempo antes da filiação ao PRTB.
O convite feito pelo presidente do PL na Capital, deputado federal Marcos Pollon, agradou o ex-deputado, que vive dias nada fáceis no PRTB. O partido, liderado por Contar no Estado, perdeu, na justiça, a única vaga conquistada na Assembleia Legislativa, sob acusação de não cumprir a quota de 30% de candidatura de mulheres na disputa.
Após a eleição, Contar chegou a anunciar pré-candidatura em Campo Grande, mas a primeira pesquisa para o cargo não foi nada favorável. O ex-deputado apareceu em sexto lugar, com 3%, mas o que chamou a atenção mesmo foi a rejeição, onde ficou em segundo lugar, com 15,25% atrás de André Puccinelli (MDB), com 25,5% e à frente de Zeca do PT, com 12%.
A rejeição pode ser fruto da disputa de segundo turno com Eduardo Riedel (PSDB) em Mato Grosso do Sul, que gerou grande exposição a Contar, que saiu derrotado, mas já lançado por apoiadores como pré-candidato em Campo Grande.
A primeira pesquisa não causou empolgação, mas o convite para retornar ao PL, agora comandado por Jair Bolsonaro, criou esperança em Contar para apoio do grupo à candidatura. Ele só terá que vencer o deputado federal Marcos Pollon, que também pretende concorrer.
Caso vença a disputa com Pollon, Contar voltará à cena como candidato do grupo mais bolsonarista para Capital, mas pode ter novamente Tereza Cristina no caminho, já que ela trabalha por uma candidatura do PP. Se for preterido, voltará a ficar sem mandato, caso não aceite ser vice ou candidato a vereador pelo partido.
Contar não respondeu ao convite do PL ainda e nem falou quais as condições apresentadas por Pollon para que ele se filie. O momento é de analisar as possibilidades diante do convite, após um inesperado segundo turno em Mato Grosso do Sul, puxado por Bolsonaro, e sumiço com a perda de mandato. Pesa para a decisão o fato de Pollon ter conversado com Bolsonaro antes do convite.
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