Operação do Gaeco contra instalação de facção prende 92 pessoas; Lista tem policiais penais e advogado

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (5), a Operação Bloodworm

05/05/2023 00h00 - Atualizado em 05/05/2023 às 14h28

Por Wendell Reis | InvestigaMS

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (5), a Operação Bloodworm.

O trabalho tem por objetivo o cumprimento de 92 mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão e Campo Grande, Ponta Porã, Coxim, Dourados, Rio Brilhante, Sonora, São Gabriel do Oeste, Rio Verde de Mato Grosso e Dois Irmãos do Buriti e também nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, Goiânia/GO, Brasília/DF, Paulo de Faria/SP, Várzea Grande/MT, Cuiabá/MT, Sinop/MT, Cáceres/MT, Marcelândia/MT, Primavera do Leste/MT, Vila Bela da Santíssima Trindade/MT e Mirassol d’Oeste/MT, todos expedidos contra integrantes da organização criminosa nacional conhecida como Comando Vermelho, dentre eles advogados e policiais penais.

O trabalho investigativo durou cerca de 15 (quinze) meses e descortinou a ação da facção criminosa para se estruturar e se expandir em Mato Grosso do Sul, que se tornou importante rota do tráfico de drogas e de armas de fogo, em razão de sua posição geográfica (fronteira com o Paraguai e a Bolívia).

Segundo a investigação, a efetiva organização do Comando Vermelho neste Estado (CV–MS) teve início a partir da união de propósitos entre as lideranças reclusas no interior da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, unidade prisional cujas rígidas regras de segurança não impediram o ingresso de aparelhos celulares para uso dos presos, o que se dava por intermédio de participação criminosa de policiais penais corrompidos e de advogado a serviço da facção.

O Ministério Público destaca o uso criminoso dos aparelhos celulares e as ações de “pombo-correio”, empreendidas por advogados que integram a facção (gravatas) e permitiam o contato entre os faccionados presos e seus comparsas em liberdade, a fim de traçar o planejamento de crimes como roubos, tráfico de drogas e comércio de armas, que foram reiteradamente praticados e comprovados durante a investigação, cujo proveito serviu para o fortalecimento do Comando Vermelho MS.

O nome da operação faz alusão à larva vermelha (ou verme-sangue) de nome BLOODWORM, que se trata de um verme conhecido por ser feroz, venenoso, desagradável, mal humorado e facilmente provocado.

LINK|-|https://investigams.com.br/2023/05/05/operacao-do-gaeco-contra-instalacao-de-faccao-prende-92-pessoas-lista-tem-policiais-penais-e-advogado/|-|InvestigaMS


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