Por Wendell Reis | InvestigaMS
“Não é mais Zeca do PT. É Zeca do PSDB”. A frase de uma professora ao deixar a Assembleia Legislativa nesta quarta-feira resume a confusão que foi a sessão, quando professores pediram a retirada de pauta de projeto de reajuste salarial.
Na base do governo, os deputados petistas não atenderam ao pedido dos professores, por entenderem que a aprovação não impede que a categoria continue dialogando.
Enquanto deputados da esquerda pediam calma e tentavam convencer professores, deputados da direita e de oposição ao governo aproveitavam a plateia para criticar e apoiar educadores.
João Henrique (PL) criticou os reajustes dados a outras categorias e foi aplaudido por professores, a ponto de o deputado Pedro Kemp elogiar o discurso e convidá-lo para a esquerda.
Kemp foi além, e resolveu expor João Henrique, recordando que ele votou a favor do projeto que reduziu o salário dos convocados. João Henrique disse que reconhecia o erro, mas desafiou Kemp a não votar com o governo hoje, atendendo pedido dos professores.
O ex-governador, Zeca do PT, era vaiado pela categoria toda vez que dizia votar junto com o líder do governo, Londres Machado (PP). As vaias foram ainda maiores quando o ex-governador lembrou que pegou o governo com folhas de salário atrasadas e entregou com os melhores salários do País. Entretanto, alega que isso não impediu que professores queimassem um boneco dele em frente à governadoria.
A sessão foi marcada por muito protesto dos professores, que vaiaram deputados por diversas vezes, mas não conseguiram impedir a aprovação do reajuste de 5% em primeira votação. Apenas os deputados João Henrique e Rafael Tavares votaram com professores.