Por Wendell Reis | InvestigaMS
A Prefeitura de Campo Grande e o Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande (Sisem) abriram negociação salarial para reajuste de servidores.
A primeira reunião aconteceu nesta semana, quando o presidente do Sisem e vereador da Capital, Marcos Tabosa, apresentou uma proposta à prefeita Adriane Lopes.
Tabosa solicitou reposição da inflação e mais reposição de perdas, entre 1% e 5%. Na prática, o reajuste pode chegar a, aproximadamente 10%, caso a prefeitura concorde em pagar o máximo solicitado.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) está variando, em média, entre 4 e 5%, nos últimos doze meses. Somados a possibilidade de ganho de até 5%, poderia chegar aos 10%.
Agora, a prefeitura estuda o pedido e apresentará uma proposta na reunião já agendada para o dia 5 de maio. A data base dos servidores vence em maio e o reajuste, caso ocorra, deve vir no pagamento de junho.
O sindicato já havia marcado paralisação por conta da sinalização de que não teriam reajuste e já tinha data para a assembleia de greve, coincidentemente, neste mesmo 5 de maio, quando a prefeitura apresentará a proposta.
A Prefeitura de Campo Grande tem recorrido à Justiça contra pedidos de reajuste salarial de servidores, alegando que está acima do limite prudencial de gasto com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A lei estabelece limite prudência de 51,3% de gasto com pessoal e a Prefeitura de Campo Grande está na casa de 57%, perto dos 60% que levam a cassação do mandato. Geralmente, em casos de greve, os juízes avaliam se a categoria teve ao menos a reposição inflacionária, o que é utilizado de parâmetro para avaliar se uma greve é legal ou ilegal.
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