Por Wendell Reis | InvestigaMS
Marina Ricardo Nunes Viana, também conhecida como Marina do MST, foi nomeada neta quinta-feira (20) como coordenadora do Escritório Estadual de Desenvolvimento Agrário em Mato Grosso do Sul. Indicada do Partido dos Trabalhadores, onde é secretária estadual, ela pretende usar a experiência como assentada e mulher do campo para auxiliar as famílias.
“É um trabalho que requer um comprometimento com as demandas de todos os sujeitos do campo e temos esse foco porque, sendo uma mulher camponesa, mulher assentada, a gente tem noção de qual tarefa o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) tem nesta esfera e, principalmente para o Mato Grosso do Sul. Tenho uma grande expectativa porque o MDA nasce das mãos dos povos do campo, das águas e das florestas. É muito comprometido com a autonomia econômica, principalmente das mulheres rurais, cuja caminhada histórica na construção de políticas públicas dos direitos e da organização produtiva foi destruída no último período de desmonte e extinção”, declarou.
Marina quer estar presente na vida das famílias e aposta no fortalecimento da agricultura familiar, tendo como foco o combate à fome. “Minha expectativa é estar presente na vida do campo, das famílias, pensar a reforma agrária, projetos, encontrar diferentes experiências em forma de organização para que a gente dê dinamismo nas lutas do trabalhador e trabalhadora rural. O que o ministro tem falado muito e concordamos, é no enfrentamento à fome, que vai passar pelo fortalecimento da agricultura familiar. Vai ser o verdadeiro seguimento produtor de alimentos saudáveis e nosso momento mais crítico, que estamos vivemos desde a pandemia, se protagonizou muito a questão da produção, por meio de seus diversos movimentos, organizações, ações solidárias, doações de alimentos e esse trabalho tem que ter uma concretude, uma dinâmica. Um espaço onde a gente vá pensar em retomar o desenvolvimento econômico sustentável, justo, solidário e com estabilidade, onde a gente consiga colocar todas as famílias nesta centralidade”, detalhou.
A nova coordenadora do MDA em Mato Grosso do Sul reforça que o ministério tem como responsabilidade implementar políticas públicas voltadas para a reforma agrária e a promoção do desenvolvimento sustentável e fortalecimento do seguimento rural, que é constituído pelos agricultores e agricultoras familiares.
“Vamos construir, coletivamente, com todos os movimentos que existem em Mato Grosso do Sul, onde a gente vai estar conversando com todos e todas, ouvindo, olhando as demandas, dentro das prioridades”, concluiu.
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