Por redação
A aderência ao Pix, meio de pagamento mais utilizado entre os brasileiros em 2022, não se verifica apenas em casos de compras e transferência de valores entre amigos ou familiares. O uso da ferramenta para pagar dívidas, quando essa possibilidade é oferecida, também tem despertado o interesse dos consumidores.
Levantamento da plataforma Serasa Limpa Nome mostra que mais de 3,3 milhões de acordos foram negociados por essa forma de pagamento desde março de 2022, quando a modalidade de pagamento instantâneo foi integrada ao ecossistema da empresa. Com isso, mais de 2,4 milhões de brasileiros pagaram dívidas por esse canal.
Segundo a plataforma, em dezembro, o total de pagamentos feitos via Pix foi de 18%. Em março, na edição extraordinária do Feirão Serasa Limpa Nome, 20%. Ao todo, foram 888.325 acordos pagos nesta última edição. Isso significa que a média de acordos fechados por dia com pagamento por Pix aumentou 67% em relação à média diária da edição de novembro de 2022.
Em mutirões é comum que as empresas credoras ofereçam descontos agressivos para chegar a um acordo com o consumidor inadimplente. No caso do evento da Serasa, cerca de 1,5 milhão de dívidas poderiam ser pagas por apenas R$ 1. E pagamentos de menor valor ainda continuam sendo os mais representativos feitos pelo Pix.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a explicação é que muitos usuários ainda mantém uma rotina de pagamentos como foi previsto na época do lançamento da ferramenta, que previa limites por transação. Contudo, isso mudou desde janeiro.
Incorporar a funcionalidade do Pix para parcelar dívidas dentro do sistema financeiro nacional não está descartada. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que haja a possibilidade de parcelamento de dívidas pelo sistema de transferências instantâneas do BC. Segundo o ministro, a ferramenta ajudaria a baratear o crédito no país.