Desmatamento na Amazônia em março quase triplica; trimestre é 2º pior desde 2008, aponta Imazon

Oito dos nove estados da Amazônia Legal tiveram aumento no desmatamento no mês passado

16/04/2023 00h00 - Atualizado em 21/04/2023 às 15h14

Por redação

A área de desmatamento na Amazônia Legal no mês de março deste ano aumentou quase três vezes em relação a 2022, apontou um relatório do Imazon divulgado nesta quinta-feira (20). As imagens de satélite monitoradas pelo instituto detectaram uma área de desmatamento de 344 km² dividida entre os estados de Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Amapá, Pará, Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.

Em março do ano passado, o índice era de 123 km² – ou seja, houve um aumento de aproximadamente 180%. A maioria do desmatamento foi em áreas privadas ou em estágios de posse (76%). O restante em assentamentos (19%), unidades de conservação (4%) e terras indígenas (1%).

“O desmatamento detectado em março de 2023 ocorreu no Amazonas (30%), Pará (27%), Mato Grosso (25%), Roraima (8%), Rondônia (6%), Maranhão (3%) e Acre (1%)”, afirmou o Imazon. Ou seja, oito dos nove estados da Amazônia Legal tiveram aumento no desmatamento.

Os dados de março impulsionaram o total de área desmatada contabilizada ao longo dos três primeiros meses de 2023, garantindo o marco de segundo pior trimestre da série histórica do Imazon, iniciada em 2008.

“Foram derrubados 867 km² nos três primeiros meses deste ano. Área que equivale à perda de quase mil campos de futebol por dia de mata nativa. Essa destruição só não foi maior do que a registrada em 2021, quando foram postos abaixo 1.185 km² de floresta de janeiro a março”, destacou o instituto.

O pesquisador do Imazon Carlos Souza Jr. cobrou ações do governo federal e estados para conter o avanço do desmatamento. “Há casos graves como o da unidade de conservação APA Triunfo do Xingu, no Pará, que perdeu uma área de floresta equivalente a 500 campos de futebol apenas em março. Será preciso também não deixar impune os casos de desmatamentos ilegais e apropriação de terras públicas”, afirmou em comunicado divulgado à imprensa.


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