Por redação
Campo Grande tem se destacado como a “Capital das Oportunidades” na Rota de Integração Latino-Americana (Rila). A cidade tem apresentado grande potencial comercial, de serviços e turismo com os países integrantes rota - Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai - que já movimentou mais de US$ 27,4 milhões em 2023, o equivalente a R$ 138,21 milhões, cerca de 11% do movimento total campo-grandense, conforme estimativa da prefeitura.
A Rila é um projeto econômico, produtivo e logístico que estimula a integração aduaneira e o comércio regional. Com a efetivação da rota, a cidade conectará o Centro-Oeste brasileiro aos portos do norte chileno, tornando-se um importante hub regional de produtos para o Brasil, Paraguai, Argentina, Bolívia e Chile.
A conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai em Porto Murtinho, prevista para terminar em dezembro de 2024, também colocará Campo Grande como a capital brasileira mais próxima de Antofagasta, no Chile, e a maior cidade da chamada “Rota Bioceânica”, corredor rodoviário que irá ligar o Brasil ao Pacífico.
A prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), já entregou um estudo de viabilidade do Terminal Intermodal de Cargas em dezembro de 2022 e promove ações para fomentar o desenvolvimento econômico e turístico da região. A prefeita Adriane Lopes (Patriota) destaca que a abertura da Rota Bioceânica trará impactos e oportunidades para a cidade.
Além disso, o comércio exterior em geral também está crescendo em Campo Grande. Em fevereiro de 2023, as exportações somaram US$ 41,1 milhões (+9,49%) e as importações atingiram US$ 36,7 milhões (-52,3%), resultando em uma corrente de comércio de US$ 77,974 milhões e saldo comercial positivo de US$ 4,40 milhões.
A Rila promete encurtar em 17 dias a viagem de mercadorias entre Mato Grosso do Sul e a Ásia. O corredor rodoviário incluirá diretamente oito municípios (Porto Murtinho, Jardim, Caracol, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Sidrolândia e Campo Grande) e interferirá nas atividades de outros 15 (Nova Alvorada, Terenos, Jaraguari, Bandeirantes, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Anastácio, Dois irmãos do Buriti, Bonito, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante, Maracaju, Itaporã e Antônio João).
A Rota passa pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Dos portos chilenos, as exportações vão partir em direção à China, principal parceiro econômico de Mato Grosso do Sul.
*Dados Campo Grande News
