Por redação
O MDB reúne presidentes de diretórios municipais, vereadores e lideranças neste sábado em Campo Grande. O encontro tem por objetivo iniciar as tratativas no partido para a próxima eleição, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores.
O partido pretende ampliar o número de prefeituras, de nove atuais para 15, mas terá trabalho para manter os que estão na sigla. Muitos prefeitos e vereadores, inclusive, estudam proposta de troca de sigla. A reunião deste fim de semana será decisiva para a decisão destas lideranças que estão tentadas a mudar.
O prefeito de Rio Brilhante, Lucas Foroni (MDB) é um dos assediados por outro partido e que aguarda definições da sigla para escolher o futuro. “Nasci e cresci no MDB, é minha casa! Ainda não sentamos para definir sobre o planejamento do MDB para o futuro. Após saber esse norte, saberei o que será melhor para meu projeto e para Rio Brilhante. Tenho um compromisso de gratidão pelo partido e nossas lideranças, mas precisamos de oxigenação no partido e debate mais amplo”, analisou.
Foroni defende novas pessoas e ideias para que o partido volte a se fortalecer em Mato Grosso do Sul. “Precisa da entrada de pessoas do setor privado, independente de idade, mais mulheres, mais jovens etc. precisa ter um planejamento estratégico para voltar a ter força no estado e mais debate para as decisões”, pontuou.
O MDB tem como presidente estadual o deputado Junior Mochi, mas também é liderado pelo ex-governador André Puccinelli, presidente de honra do partido. É dele, efetivamente, a missão de fazer a articulação política dentro da sigla.
Recentemente, o deputado Márcio Fernandes chegou a pedir a presidência do partido, criando um climão com o grupo de Puccinelli. Lideranças nacionais da ala mais antiga do MDB acabaram intervindo e mantiveram Mochi e o ex-governador à frente, pelo menos até nova eleição, no final do ano.
O desentendimento levou Puccinelli e Mochi à Brasília, para uma conversa com a ministra Simone Tebet. Puccinelli e Simone concorreram ao governo e presidência, mas não fizeram parceria em Mato Grosso do Sul, o que arranhou ainda mais a relação. Puccinelli chegou a dizer ao seu eleitor que poderia escolher o candidato que preferir para presidente, ignorando a colega de partido. Após o encontro, o partido amenizou a crise.
Outro capítulo importante nas tratativas do MDB foi a reunião de Puccinelli com Eduardo Riedel (PSDB). Na ocasião, o ex-governador avisou o atual governador que não pretende mais concorrer ao governo e sinalizou o interesse do MDB de retomar parceria com PSDB no Estado, o que evitaria a debandada que pode ocorrer para a próxima eleição.
Filiados ao MDB estão de olho na mudança para o PSDB, que tem o governo nas mãos. Foroni é um dos convidados do PSDB, que tem 37 prefeitos e pretende chegar a 50 com novas filiações. A costura é feita pelo ex-governador Reinaldo Azambuja.
O MDB, que já liderou o número de prefeitos no Estado na época que André Puccinelli comandava a política local, agora tem nove líderes municipais, com possibilidade de perder lideranças para partidos que hoje possuem mais força nacionalmente. É o caso do PP, da senadora Tereza Cristina, e PL liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
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