China e outros quatro países voltam a importar carne brasileira

Países tinham anunciado suspensão após detecção de caso atípico de vaca louca no Norte do Brasil

26/03/2023 00h00 - Atualizado em 28/03/2023 às 18h46

Por redação

Segundo o Itamaraty a Arábia Saudita, Palestina, Jordânia e Malásia reabriram seus mercados e liberaram a compra da carne bovina brasileira. Os países tinham decidido pelo embargo do produto após detecção de caso isolado da doença da vaca louca no Pará.

A suspensão de exportação da carne brasileira também havia atingido a China, maior parceira comercial do Brasil. O embargo, no entanto, caiu na última semana, conforme informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, à TV Globo. A liberação passou a valer para animais abatidos a partir da sexta-feira (24).

A retomada das compras pelos chineses foi informada dias antes da previsão inicial de embarque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a China, onde deve se encontrar com Xi Jinping e discutir, entre outros temas, avanços na pauta comercial entre os países.

A viagem, no entanto, foi adiada após Lula ser diagnosticado com pneumonia viral leve. Reagendada para o último domingo (26), a ida do presidente foi suspensa novamente por orientação médica. A nova data está sendo negociada pelo governo brasileiro com as autoridades chinesas e ainda não foi definida.

Semanas de suspensão

No total, cinco países tiveram os mercados momentaneamente fechados, mas já reabertos. De acordo com o Itamaraty, outros seis continuam com suspensões totais ou parciais sobre a compra da carne bovina brasileira: Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia. As suspensões começaram no início de março, após a identificação do caso de vaca louca no Pará no fim de fevereiro.

Laboratórios internacionais, naquele momento, já tinham identificado que o caso de vaca louca era atípico e resultado do envelhecimento natural do animal. Na prática, isso significa que não havia risco de contaminação do rebanho.

A vaca louca é uma doença fatal e acomete bovinos adultos de idade mais avançada, provocando a degeneração do sistema nervoso. Como consequência, uma vaca que, a princípio, era calma e de fácil manejo, por exemplo, se torna agressiva, daí o apelido do distúrbio.

Segundo Vanessa Felipe de Souza, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, em 20 anos de monitoramento da doença, o Brasil nunca identificou sua forma mais tradicional, que é quando o animal é contaminado por causa de sua alimentação.


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