Wendell Reis | InvestigaMS
O PSB quer aproveitar o bom momento, com o vice-presidente da República, Geraldo Alckimin, para ampliar as bancadas em Mato Grosso do Sul. O partido já está empenhado em conquistar nomes para a disputa de vereador e prefeito no Estado no próximo ano.
O atual presidente do PSB, Ricardo Ayache, solicitou o afastamento da função para se dedicar a direção da Cassems. A presidência do partido no Estado ficará com o deputado Paulo Duarte, que terá a missão de trabalhar o próximo ano já pensando no futuro do partido.
“Vamos trabalhar para recuperar os espaços que o PSB perdeu. Trabalhar uma chapa forte de vereador, vice e prefeitos para o próximo ano, já pavimentando o caminho para uma chapa forte em 2026, com meta de eleger deputado estadual e, principalmente, federal”, explicou o novo presidente.
Paulo Duarte explica que a presidência do partido não era algo planejado, mas resolveu aceitar a pedido da direção nacional e estadual, que pediu alguém com história estadual e capacidade de diálogo para articulação com outros partidos.
Centro-esquerda
A última deputada federal do PSB em Mato Grosso do Sul foi Tereza Cristina. Hoje, o partido tem dificuldade para eleger representantes no Estado. Atualmente, o partido não tem nenhum deputado estadual. Paulo Duarte pode assumir o mandato com a cassação de Rafael Tavares, que ainda recorre à Justiça para ficar, após o partido dele ser condenado por não cumprir cota para mulheres.
O PSB enfrenta dificuldade parecida com o PDT, também de centro-esquerda, e que tenta se reerguer. O partido já teve três deputados estaduais, deputado federal, e hoje tem apenas um deputado estadual: Lucas de Lima. Os dois partidos podem se juntar nacionalmente, em uma federação para os próximos quatro anos, o que pode fortalecer as duas siglas.
Ainda não há definição sobre a efetivação da federação, que se formada, terá que eleger um líder aqui no Estado. Além disso, chegar a um consenso sobre candidatos nos 79 municípios. Na Capital, por exemplo, o presidente da Câmara, vereador Carlão, já anunciou intenção de se candidatar a prefeito. O mesmo acontece com o deputado estadual Lucas de Lima. Se confirmada a união nacional dos partidos, eles precisarão chegar a um consenso sobre quem disputará.
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