Acordo entre UEMS e Receita Federal dá novo destino a materiais apreendidos e incentiva robótica nas escolas

Iniciativa prevê uso de eletrônicos apreendidos em projetos de robótica, unindo sustentabilidade e educação

Por Redação
14/10/2025 17h14 - Atualizado há 1 dia
Acordo entre UEMS e Receita Federal dá novo destino a materiais apreendidos e incentiva robótica nas escolas
(Créditos: Divulgação)
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A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) firmou parceria com a Alfândega da Receita Federal do Brasil para reaproveitar resíduos eletrônicos em projetos educacionais, especialmente na área de robótica. O CEPEMAT, através dessa iniciativa, transforma materiais descartados em ferramentas de ensino, promovendo a sustentabilidade e reduzindo o acúmulo de lixo eletrônico. As experiências sustentáveis da UEMS serão destacadas no III Congresso de Direito Tributário e Aduaneiro da Receita Federal em outubro de 2025, onde apresentarão inovações e práticas de reaproveitamento.

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), por meio do Centro de Pesquisas em Materiais (CEPEMAT), deu mais um passo em sua parceria com a Alfândega da Receita Federal do Brasil em Mundo Novo. No dia 6 de outubro de 2025, uma reunião entre representantes das duas instituições marcou o início das tratativas para o reaproveitamento de resíduos eletrônicos em projetos educacionais. O objetivo é utilizar mercadorias eletrônicas apreendidas pela Receita Federal em ações voltadas à área da robótica.

Participaram do encontro o doutorando Paulo Sidnei Stringhini Junior, os professores da UEMS Rony Gonçalves e Aguinaldo Lenine Alves, o delegado titular da Alfândega da Receita Federal do Brasil em Mundo Novo, Thiago André Hering, e o gerente da Unidade Universitária de Mundo Novo, Leandro Marra.

O professor Aguinaldo Lenine Alves explica que o CEPEMAT atua em iniciativas que integram ciência, sustentabilidade e responsabilidade social, convertendo materiais descartados em instrumentos de aprendizado e pesquisa. Segundo ele, o que antes era considerado descarte agora se transforma em ferramenta de ensino.

“Os lixos eletrônicos que a Receita apreende — placas, TVs, computadores — para eles são resíduos. Para nós da UEMS, esse material vira material de ensino na robótica, nas escolas. É um descarte para a Receita, mas para nós é um material de estudo”, destaca.

A proposta tem impacto direto tanto na educação quanto no meio ambiente. “Para o meio ambiente é interessantíssimo, porque o material vai ser reaproveitado. A parte do lixo eletrônico se transforma em matéria-prima para desenvolver robôs para as escolas. É um reaproveitamento, e nada disso vai para o descarte”, explica o professor.

O trabalho também contribui para reduzir o acúmulo de itens nos depósitos públicos. Em vez de serem descartados ou incinerados, os produtos apreendidos pela Receita Federal passam a ter destino sustentável, sendo utilizados em projetos sociais e educacionais, especialmente nas atividades de robótica conduzidas pela UEMS.

Além do reaproveitamento de eletrônicos, o CEPEMAT também desenvolve projetos inovadores voltados à reutilização de filtros de cigarro, um dos resíduos mais produzidos e de difícil destinação.

Reconhecimento nacional

As experiências sustentáveis da UEMS terão destaque durante o III Congresso de Direito Tributário e Aduaneiro da Receita Federal do Brasil, que será realizado nos dias 29 e 30 de outubro de 2025, em Brasília (DF).

O evento reunirá especialistas e representantes de diversas instituições para debater o tema “Sustentabilidade, Cooperação, Cidadania e Inovação” na Administração Tributária, com foco na transformação digital e no fortalecimento do diálogo entre o fisco e a sociedade.

Durante o congresso, será realizada uma exposição nacional que apresentará iniciativas de reaproveitamento e transformação de materiais apreendidos. Entre os destaques estarão a telha-sanduíche desenvolvida pelo CEPEMAT e um artigo científico produzido pela equipe da UEMS, que demonstram os resultados das pesquisas e práticas sustentáveis conduzidas pela universidade.

A participação da instituição na mostra reforça o reconhecimento nacional do trabalho desenvolvido na área de inovação, sustentabilidade e cooperação entre ciência e sociedade.


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