MS faz 48 anos: veja o que torna o Estado um dos mais singulares do Brasil

De origem indígena à influência estrangeira, o MS reúne culturas e paisagens que o tornam único

Por Redação
11/10/2025 11h53 - Atualizado há 1 dia
MS faz 48 anos: veja o que torna o Estado um dos mais singulares do Brasil
(Créditos: IA)
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Mato Grosso do Sul celebra 48 anos desde sua criação em 1977, destacando-se pela diversidade cultural, natural e econômica. Com 79 municípios e uma população de aproximadamente 2,8 milhões, o Estado é rico em influências indígenas e de imigrantes, incluindo japoneses, libaneses, paraguaios e bolivianos. Abriga cerca de 65% do Pantanal, apresenta dois biomas principais (Cerrado e Pantanal) e tem uma economia forte, principalmente ligada ao agronegócio. Mato Grosso do Sul é visto como um Estado jovem e promissor, simbolizando integração cultural e força produtiva.

Mato Grosso do Sul completa, neste sábado (11), 48 anos de criação. Oficializado em 1977, o Estado nasceu a partir da divisão do antigo território de Mato Grosso e, desde então, se consolidou como uma das regiões mais ricas em diversidade cultural, natural e econômica do país. Com a tradicional terra vermelha, a força do agronegócio e a vastidão do Pantanal, o Estado reúne influências de povos indígenas, imigrantes e fronteiriços que formam um mosaico único de identidades.

Com 79 municípios e mais de 357 mil km² de extensão, Mato Grosso do Sul abriga cerca de 2,8 milhões de habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Estado faz fronteira com Bolívia e Paraguai e limita-se internamente com Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná — características que influenciam diretamente sua formação territorial, cultural e econômica.

Embora apresente relevo predominantemente plano, o Estado também possui formações marcantes como as Serras de Maracaju e Bodoquena. Cerca de 65% do Pantanal, um dos biomas mais ricos do mundo, está dentro dos limites de Mato Grosso do Sul.

Com clima tropical e temperaturas elevadas, o território abriga dois biomas principais — Cerrado e Pantanal — e se destaca pela biodiversidade, com fauna e flora abundantes que fazem parte da identidade sul-mato-grossense.

Diversidade cultural

Mato Grosso do Sul é um verdadeiro caldeirão de culturas. Desde o século XX, recebeu fluxos migratórios de japoneses, libaneses, paraguaios e bolivianos, além de abrigar oito povos indígenas, que mantêm vivas suas tradições e modos de vida.

Povos indígenas — O Estado é considerado indígena não pela quantidade populacional, mas pela diversidade de etnias que habitam seu território: Terena, Guarani Kaiowá, Guarani Nhandeva, Guató, Kinikinau, Kadiwéu, Ofaié e Atikum. Cada uma delas contribui para a riqueza cultural e histórica de Mato Grosso do Sul.

Imigrantes japoneses — A presença japonesa é marcante, especialmente em Campo Grande. O sobá, tradicional prato de origem de Okinawa, tornou-se patrimônio cultural campo-grandense. Os imigrantes, que chegaram ao Estado para trabalhar nas lavouras, fortaleceram laços com a agricultura e ajudaram a moldar a economia local.

Influência paraguaia — Com a maior colônia paraguaia do Brasil, segundo o consulado do país em Campo Grande, Mato Grosso do Sul preserva tradições, costumes e sabores vindos do Paraguai. Pratos como a chipa e a sopa paraguaia são hoje símbolos da gastronomia regional.

Herança libanesa — Os libaneses, que começaram a chegar ao Brasil no fim do século XIX, também tiveram papel essencial na formação econômica do Estado. Muitos se estabeleceram em Campo Grande em busca de novas oportunidades e contribuíram para o desenvolvimento comercial e urbano.

Relações com a Bolívia — Vizinhos diretos, os bolivianos influenciaram principalmente a região de Corumbá, fronteira viva entre os dois países. A saltenha, um dos pratos mais conhecidos da culinária local, é herança direta dessa convivência cultural.

Um Estado múltiplo e em crescimento

Entre o agronegócio pujante, a preservação ambiental e a mistura de identidades, Mato Grosso do Sul chega aos 48 anos como um dos estados mais jovens e promissores do Brasil, símbolo de integração cultural, força produtiva e orgulho para quem o chama de lar.


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