Com saldo de US$ 6,34 bi, MS acumula superávit de 347% nas exportações entre janeiro e setembro de 2025

Celulose, soja e carne bovina seguem entre os principais produtos exportados por Mato Grosso do Sul

Por Redação
07/10/2025 14h01 - Atualizado há 4 horas
Com saldo de US$ 6,34 bi, MS acumula superávit de 347% nas exportações entre janeiro e setembro de 2025
(Créditos: Divulgação)
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Mato Grosso do Sul teve um superávit na balança comercial de 347% entre janeiro e setembro de 2025, com exportações de US$ 8,18 bilhões e importações de US$ 1,83 bilhão. As exportações cresceram 4,5%, destacando-se a celulose, soja e carne bovina, enquanto as importações caíram 12,75%, principalmente devido à redução na compra de gás natural. A China continua sendo o principal parceiro comercial, apesar de uma leve diminuição em sua participação nas exportações estaduais.

Mato Grosso do Sul encerrou o período de janeiro a setembro de 2025 com um saldo expressivo na balança comercial. De acordo com a Carta de Conjuntura do Comércio Exterior, elaborada pela Assessoria de Estatística e Economia da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o Estado exportou US$ 8,18 bilhões e importou US$ 1,83 bilhão, o que resultou em um superávit de 347%. O saldo acumulado de US$ 6,34 bilhões representa um aumento de 10,84% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os números indicam ainda que, enquanto as exportações cresceram 4,5% entre janeiro e setembro, as importações tiveram retração de 12,75%, ampliando o saldo positivo. Os produtos que mais contribuíram para o desempenho foram celulose (29,22%), soja (25,58%) e carne bovina (15,92%). Nas importações, os principais itens continuam sendo gás natural (33,03%), cobre (8,14%) e caldeiras e geradores a vapor (6,86%), utilizados no setor sucroenergético.

“O que podemos destacar, desse estudo, primeiro é a solidez do desempenho de nossas exportações lideradas aí pela celulose, seguida de perto pela soja e com uma participação importante do setor de carnes. Nossa economia está fortemente alicerçada nessas commodities. O superávit aumentou porque tivemos uma diminuição importante na importação de gás, mas somos essencialmente um Estado exportador, isso está posto. O resultado é bom e era o que a gente já esperava, pelo conjunto de indicadores favoráveis”, observou o secretário da Semadesc, Jaime Verruck.

O levantamento também mostra alterações na composição dos principais produtos exportados em relação ao mesmo período de 2024. A soja, que liderava com 34,71%, perdeu o primeiro lugar para a celulose (29,22%), ficando em segundo com 25,58%. A carne bovina aumentou sua participação, passando de 11,25% para 15,92%, enquanto açúcares e melaços recuaram de 8,31% para 6,57% e os farelos de soja, de 7,09% para 4,36%.

Nas importações, a redução na compra de gás natural da Bolívia teve grande influência no resultado. Entre janeiro e setembro de 2024, o Estado importou 2.865.750 toneladas, totalizando US$ 874,5 milhões. No mesmo período deste ano, foram 2.108.961 toneladas, com valor de US$ 606,1 milhões — uma queda de 33,03% no valor e de 30,69% no volume adquirido.

Quanto aos destinos das exportações sul-mato-grossenses, a China permanece como principal parceira comercial, com leve alta de 1,73% no valor exportado — US$ 3,768 bilhões contra US$ 3,704 bilhões no ano anterior —, ainda que sua participação no total tenha caído de 47,30% para 46,11%. Os Estados Unidos seguem na segunda posição, mas registraram queda tanto no valor comprado (de US$ 471 milhões para US$ 426 milhões) quanto na participação geral (de 6,02% para 5,21%).


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