Brasil registra recorde nas exportações de carne bovina in natura em setembro

País exportou 17% a mais em setembro e faturamento saltou para US$ 1,654 bilhão

Por Redação
01/10/2025 09h49 - Atualizado há 5 horas
Brasil registra recorde nas exportações de carne bovina in natura em setembro
(Créditos: Reprodução)

O Brasil registrou em setembro um novo recorde nas exportações de carne bovina in natura. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os embarques ficaram dentro das expectativas, com a China permanecendo como principal destino da proteína nacional.

No mesmo mês de 2024, o volume exportado foi de 251,6 mil toneladas. Neste ano, até a quarta semana de setembro, o avanço já chega a 17,13%. Na comparação mensal, setembro apresentou crescimento de 9,76% frente a agosto de 2025, quando foram enviadas 268,5 mil toneladas.

A média diária exportada ficou próxima de 14,7 mil toneladas, aumento de 23% em relação a setembro do ano passado, que registrava 11,9 mil toneladas. O faturamento totalizou US$ 1,654 bilhão, contra US$ 1,135 bilhão no mesmo período de 2024. A média diária da receita foi de US$ 82,7 milhões, alta de 52,9% frente ao observado no ano passado (US$ 54 milhões).

Os preços médios pagos pela carne bovina atingiram US$ 5.613 por tonelada até a quarta semana deste mês, incremento de 24,4% em relação a setembro de 2024, quando estavam em US$ 4.514 por tonelada. Iglesias destacou que é necessário acompanhar de perto o comportamento da China, em razão da investigação de salvaguardas em andamento.

“Tivemos três meses seguidos de compras expressivas, o que pode indicar a adoção de algum tipo de cota de importação em novembro, não apenas para a carne bovina brasileira. Por isso, é importante acompanhar com atenção esses sinais vindos da China”, avaliou.

Em agosto, o Ministério do Comércio da China (MOFCOM) prorrogou por três meses a investigação de salvaguarda sobre importações de carne bovina estrangeira, com prazo final previsto para novembro.

Outro fator que explica o aumento da demanda é a proximidade da Semana Dourada, feriado prolongado mais importante do calendário chinês, celebrado a partir de 1º de outubro, o que exige reforço nos estoques para consumo doméstico.

O analista também ressaltou a relevância da diversificação de destinos, que ajudou a consolidar o recorde. “Estamos embarcando bons volumes para México, União Europeia e Oriente Médio”, acrescentou.


Notícias Relacionadas »