Mato Grosso do Sul contabiliza 39 transplantes de fígado realizados entre janeiro e setembro de 2025. Os procedimentos, com média de quatro por mês, foram feitos no Hospital Adventista do Pênfigo, em Campo Grande.
De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), o estado ocupa o 4º lugar nacional no número de cirurgias por milhão de habitantes. O levantamento mostra que, entre junho e setembro, foram 10 novos transplantes. No trimestre anterior, divulgado em março, haviam sido 13 cirurgias; já no registro semestral, o número subiu para 29, com 16 procedimentos. Agora, em setembro, a Central Estadual de Transplantes (CET), da Secretaria de Estado de Saúde (SES), confirmou mais 10 operações de troca do órgão.
O avanço é expressivo, já que Campo Grande começou a realizar transplantes hepáticos há pouco mais de um ano, o que eliminou a necessidade de pacientes se deslocarem para outros estados.
Além do fígado, a SES aponta 218 transplantes de córnea, 16 de rim e 4 de ossos realizados no estado. Em junho, eram 172 transplantes de córnea, ou seja, um aumento de 46 em três meses. Os transplantes de rim dobraram — de 8 para 16 — e, quanto aos de ossos, não havia registros anteriores.
Apesar dos resultados, a recusa familiar à doação ainda é um entrave. Segundo a SES, a negativa supera 60%, o que significa que seis em cada dez famílias não autorizam a doação de órgãos e tecidos de entes falecidos.
Fila de espera
Atualmente, 12 pacientes aguardam transplante de fígado em Mato Grosso do Sul, conforme o Ministério da Saúde. Outros 394 esperam por córnea, 243 por rim e 3 por coração. No total, 258 pessoas estão na fila por algum tipo de transplante no estado, principalmente na faixa etária de 50 a 64 anos, tanto homens quanto mulheres.
Setembro Verde
O mês é dedicado a campanhas de conscientização sobre a doação de órgãos. No próximo domingo (21), das 8h às 10h30, será realizada a 2ª Caminhada “Passos pela Vida”, no Espaço de Múltiplo Uso Arquiteta Zuleide Simabuco Higa, no Parque dos Poderes, com o objetivo de incentivar a população a dizer “sim” à doação.
MS em destaque nacional
No ranking do RBT, Mato Grosso do Sul aparece atrás apenas do Distrito Federal (48,3%), Paraná (24,4%) e Ceará (23,8%). Em março, o estado tinha taxa de 17,9% por milhão de habitantes, que passou para 20% no levantamento semestral de junho, consolidando a evolução no sistema de saúde.