O custo de vida em Campo Grande voltou a cair em agosto, marcando a terceira deflação consecutiva registrada na Capital. De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Cidade Morena apresentou variação de -0,28%, o quarto menor índice entre as capitais brasileiras. Apenas Rio de Janeiro (-0,34%), Porto Alegre (-0,40%) e Goiânia (-0,40%) tiveram quedas mais expressivas.
No cenário nacional, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês em -0,11%, 0,37 ponto percentual abaixo do resultado de julho (0,26%). No acumulado de 2025, a inflação está em 3,15%, enquanto nos últimos 12 meses o índice ficou em 5,13%, frente aos 5,23% registrados anteriormente.
A queda foi puxada principalmente pelos grupos Habitação (-0,90%), Alimentação e bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%). Em contrapartida, os maiores aumentos foram observados em Educação (0,75%) e Despesas Pessoais (0,40%).
O recuo em Habitação chamou a atenção por representar o menor resultado para um mês de agosto desde o início do Plano Real, influenciado pela redução de 4,21% na energia elétrica residencial (-0,17%). Já o grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso no índice, acumula quatro meses de retração em Campo Grande: -0,12% em maio, -0,51% em junho, -1,06% em julho e -0,17% em agosto, com destaque para a alimentação no domicílio, que caiu -0,32%.
Entre os itens que mais contribuíram para o barateamento da cesta de consumo estão tomate (-9,62%), batata-inglesa (-6,51%), frango inteiro (-3,21%), ovo de galinha (-2,80%) e arroz (-2,38%).
Na análise regional, três grupos pressionaram os índices para baixo em Campo Grande: Habitação (-1,87%), Alimentação e bebidas (-0,17%) e Transportes (-0,12%). A queda na energia elétrica residencial, de -4,98%, também foi reforçada pela incorporação do Bônus de Itaipu, reduzindo 0,26 ponto percentual no resultado final.
Por outro lado, alguns setores apresentaram elevação. Em Artigos de residência, a alta foi de 0,41%, puxada por fogão (3,05%) e tapete (2,91%). Já em Despesas pessoais, a elevação de 0,13% foi influenciada por jogos de azar (3,60%), brinquedos (3,00%) e bicicletas (2,91%).