Riedel apresenta em evento no Rio de Janeiro avanços da industrialização sustentável em MS

Produção de celulose e citricultura atraem grandes grupos globais para Mato Grosso do Sul

Por Redação
09/09/2025 15h06 - Atualizado há 8 horas
Riedel apresenta em evento no Rio de Janeiro avanços da industrialização sustentável em MS
(Créditos: Divulgação)

O governador Eduardo Riedel apresentou nesta segunda-feira (8), no Rio de Janeiro, as perspectivas econômicas e sociais de Mato Grosso do Sul durante palestra no CEBRI (Centro Brasileiro de Relações Internacionais). No evento, que teve como tema “Mato Grosso do Sul e a nova agenda Global”, ele destacou o avanço da industrialização no Estado, aliado à sustentabilidade e à abertura de novas oportunidades.

Segundo Riedel, a atual gestão estadual trabalha com uma agenda voltada à segurança alimentar, transição energética, inclusão social e sustentabilidade. Esse cenário, afirmou, tem atraído investimentos privados bilionários, responsáveis pela geração de emprego e renda, e consolidado Mato Grosso do Sul como um Estado agroindustrial.

“Há 25 anos atrás éramos um Estado eminentemente agrícola, hoje é agroindustrial. Estamos focados nos eixos de desenvolvimento para que amplie esta industrialização, que já chegou na proteína animal, grãos direcionados para energia ou alimento, cana de açúcar na produção de etanol e energia, assim como a celulose. Estamos avançando na cadeia de produção como um todo, para ganhar valor agregado cada vez maior”, disse.

O governador também ressaltou o compromisso do Estado em neutralizar as emissões de carbono até 2030. “Nosso mapa de ocupação do solo nos últimos 15 anos mostra que o crescimento ocorreu em pastagem degradada, uma oportunidade de transformar pastagem em grãos, floresta plantada, energia e outras culturas. Mudança importante na economia e ao meio ambiente, com balanço de carbono”, afirmou.

Para Riedel, esse cuidado ambiental representa um ativo econômico para Mato Grosso do Sul. “Tem valor e deve ser monetizado, não apenas no mercado de carbono, mas por outros instrumentos, tendo a preservação como atividade econômica. Criamos também a Lei do Pantanal que vai punir quem não cumpre as regras, mas vai induzir e remunerar quem preserva. Ela foi criada em consenso entre ambientalistas e produtores”.

Novas culturas e investimentos

O evento também destacou a chegada de novas culturas ao Estado. Mato Grosso do Sul abriu espaço para a produção de amendoim e laranja, com a presença de grandes grupos internacionais.

“Os principais players (citricultura) entraram em MS com muita força, devido a doença de greening em São Paulo. Adquirindo áreas e com grandes projetos no Estado. Já estão chegando a 40 mil hectares de produção e 35 mil toneladas – estando em terceiro ou segundo (produção) nos próximos quatro anos, com a indústria seguindo no mesmo caminho”, declarou o governador.

Além disso, a expansão da produção de celulose é impulsionada pela fábrica da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e por novas unidades da Bracell (Bataguassu) e Arauco (Inocência). Para viabilizar o escoamento, foi concedida a “Rota da Celulose”, que abrange 870 km de rodovias estratégicas para a logística.

Outro destaque foi a Rota Bioceânica, que vai reduzir o tempo de envio dos produtos sul-mato-grossenses aos mercados asiáticos. “Está sendo construída a ponte binacional entre Paraguai e Brasil, que vai viabilizar a rota, passando pelo chaco paraguaio, norte da Argentina e portos chilenos, diminuindo em 14 dias a viagem de navio rumo aos mercados asiáticos. Ela (rota) será viável e operacional em 2027, com obras prontas em 2026”, explicou.

A palestra de Eduardo Riedel ocorreu na nova sede do CEBRI, em parceria com o Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças (IEPE/CdG), reunindo representantes da sociedade civil e do setor empresarial.


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