Nos últimos 10 anos, Mato Grosso do Sul registrou 578 internações por envenenamento em emergências da rede pública. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (8) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede).
A média é de 57,8 internações por ano, o que equivale a 4,8 casos por mês – ou seja, pelo menos um paciente internado a cada semana devido a envenenamento no estado.
Entre os registros, 91 casos foram classificados como intoxicação proposital causada por terceiros, enquanto outros 478 ocorreram de forma acidental ou foram indeterminados.
O ano de 2018 concentrou o maior número de ocorrências, com 74 internações. Confira os dados detalhados da última década em Mato Grosso do Sul:
2015 – 45 casos
2016 – 67 casos
2017 – 56 casos
2018 – 74 casos
2019 – 71 casos
2020 – 54 casos
2021 – 40 casos
2022 – 48 casos
2023 – 66 casos
2024 – 57 casos
Sem especificar regiões, o levantamento mostra que a maior parte das notificações está relacionada a categorias inespecíficas, como drogas e substâncias químicas não determinadas. Nos episódios acidentais, analgésicos e medicamentos para dor, febre e inflamação aparecem como os principais causadores. Em seguida, vêm os casos envolvendo pesticidas, álcool por causas não determinadas e anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos.
Cenário nacional
No Brasil, a Abramede identificou 45.511 internações por envenenamento nos últimos dez anos. Quase metade delas ocorreu na Região Sudeste, que somou mais de 19 mil registros. O estado de São Paulo lidera o ranking com 10.161 internações, seguido por Minas Gerais, com 6.154.
O Sul aparece em segundo lugar, com 9.630 ocorrências. Na sequência, o Nordeste registrou 7.080 casos, o Centro-Oeste, 5.161, e a Região Norte, 3.980.
Quanto ao perfil das vítimas, homens são maioria, com 23.796 registros. A faixa etária mais atingida envolve jovens entre 20 e 29 anos (7.313 casos) e crianças de 1 a 4 anos (7.204 casos). Já os grupos com menor número de registros são bebês com menos de 1 ano e idosos a partir dos 70 anos.