A celebração dos 203 anos de Independência do Brasil levou 10 mil pessoas ao centro de Campo Grande neste sábado (7), conforme estimativa da Polícia Militar. Arquibancadas e calçadas da Rua 13 de Maio ficaram lotadas para acompanhar o tradicional desfile cívico-militar.
O evento contou com 4 mil participantes de 18 organizações civis e militares. O governador Eduardo Riedel destacou o significado da celebração: "A gente participa como todo nosso entusiasmo. O desfile de hoje foi mais uma vez extremamente positivo com tudo que a gente tem em relação a segurança pública, as forças armadas brasileiras", afirmou.
Após a revista à tropa na Avenida Mato Grosso, houve hasteamento de bandeiras e acendimento da Pira com o Fogo Simbólico da Pátria, conduzido por estudantes da rede pública e militares. Para o general Alcides Valeriano de Faria Júnior, comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), a participação popular foi decisiva: "Quando a gente traz a nossa tropa e as escolas para desfilar e a população aplaude e comparece, como compareceu hoje, o sucesso é garantido".
Escolas e organizações civis no desfile
A abertura ficou por conta da Associação Cidade dos Meninos de Campo Grande, seguida pelas organizações Filhas de Jó e Ordem DeMolay. Estudantes das escolas estaduais Professora Neyder Suely e 26 de Agosto, bem como das unidades cívico-militares Marçal de Souza Tupã-y e Professor Tito, também participaram, além de alunos do Colégio Militar de Campo Grande.
O deputado Gerson Claro, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, ressaltou o caráter simbólico da celebração: "Reforçar o nosso compromisso com a democracia e com os princípios que regem a nossa nação. É o que fica hoje de um lindo desfile".
Forças de segurança e emoção do público
Exército e Aeronáutica marcharam a pé, seguidos por integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Defesa Civil.
Entre o público, a cabeleireira Rosimeire Brites, de 53 anos, levou o neto Artur, de 7 anos: "Acho legal ele conviver com os militares porque é uma forma de ver que ele pode ter um futuro. É um exemplo. Assim como estimulei meus filhos. O meu filho mais velho acabou sendo cabo do exército e tenho um primo que mudou a história de vida através do exército", contou.
Já o subtenente da Polícia Militar Vadeir Barros da Silva, de 51 anos, relembrou a época em que desfilava na ativa: "Um ato histórico. Temos que registrar e fica guardado na memória", disse ao lado do filho e de colegas de corporação.
A aposentada Iara Faria, de 66 anos, que acompanha o desfile todos os anos, reforçou a admiração: "Acho muito bonita a uniformidade. Muito lindo, admiro. O 7 de Setembro é maravilhoso. Contemplar, admirar, aplaudir. É simbólico. É civilidade".
O encerramento foi marcado pela passagem do Comando Militar do Oeste, das polícias Militar, Civil, Penal e Científica, além do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul.
