O custo da cesta básica em Campo Grande apresentou queda em julho, mas ainda figura entre os mais altos do Brasil. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quarta-feira (20), o conjunto de 13 itens fechou o mês em R$ 775,76, recuo de 2,18% em relação a junho, quando custava R$ 793,02.
Mesmo com a redução, a capital sul-mato-grossense permanece na sexta posição entre as cestas mais caras do País.
Campo Grande registrou a quarta maior queda nos preços no mês, atrás de Florianópolis (-2,64%), Curitiba (-2,40%) e Rio de Janeiro (-2,33%).
Na análise por produto, nove itens ficaram mais baratos. A maior retração foi na batata (-28,52%), seguida por banana (-4,10%), arroz agulhinha (-4,09%), açúcar cristal (-3,69%), café em pó (-2,95%), leite integral (-1,52%), feijão carioquinha (-1,16%), manteiga (-0,73%) e carne bovina de primeira (-0,73%).
Por outro lado, quatro produtos encareceram: farinha de trigo (0,15%), tomate (0,37%), pão francês (0,97%) e óleo de soja (2,96%).
Comprometimento da renda
Em julho, um trabalhador em Campo Grande precisou dedicar 112 horas e 26 minutos para adquirir a cesta, redução de duas horas e meia em relação a junho. No comparativo com julho de 2024, a jornada foi 2h24 menor.
Levando em conta o salário mínimo líquido de R$ 1.518,00 (já descontados 7,5% da Previdência Social), o gasto com a cesta representou 55,25% da renda. O índice é menor do que os 56,48% de junho de 2025 e os 56,43% registrados em julho do ano passado.
No ano, a variação acumulada da cesta básica em Campo Grande é de 0,70%. Considerando os últimos 12 meses, o aumento chega a 5,26%.