O Governo do Estado e a UFMS lançaram o aplicativo OBCOOP Coleta, focado no fortalecimento da Economia Solidária em Mato Grosso do Sul. Desenvolvido pela UFMS em parceria com a Funtrab, o app visa organizar e analisar dados de pequenos empreendedores, como agricultores familiares e artesãos. A ferramenta facilitará diagnósticos e formulará políticas públicas para inclusão produtiva. O OBCOOP Coleta é o segundo aplicativo criado pelo UFMS, com o primeiro voltado para a comercialização de produtos.
O Governo do Estado e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) lançaram, nesta sexta-feira (25), o aplicativo OBCOOP Coleta, uma nova ferramenta voltada ao fortalecimento da Economia Solidária em Mato Grosso do Sul. O evento ocorreu no auditório da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e contou com a participação de representantes de cooperativas, associações, universidades, órgãos públicos, organizações da sociedade civil e membros da comunidade.
Desenvolvido pela UFMS, por meio do OBCOOP (Observatório do Cooperativismo e da Economia Solidária), em parceria com a Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), o aplicativo tem como objetivo organizar, mapear e analisar dados de pequenos empreendedores do Estado — como agricultores familiares, catadores, artesãos e feirantes — que atuam na economia solidária.
Voltado especialmente a instituições que promovem esse tipo de empreendimento, o OBCOOP Coleta oferece uma plataforma estratégica para diagnóstico das unidades produtivas. A proposta é gerar dados qualificados que sirvam de base para a formulação de políticas públicas de inclusão produtiva e para ações de apoio à comercialização e à certificação de produtos.
Para o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, a iniciativa representa um avanço importante na gestão pública:
“O lançamento do OBCOOP Coleta representa um avanço estratégico na política estadual de apoio ao cooperativismo e à economia solidária. A ferramenta permite um diagnóstico mais preciso dos pequenos empreendimentos, subsidiando políticas públicas de inclusão produtiva. Mais do que um cadastro, o aplicativo se consolida como um instrumento de desenvolvimento local, alinhado ao Procoop e às diretrizes de fortalecimento da economia de base comunitária em Mato Grosso do Sul”, afirmou.
A reitora da UFMS, Camila Itavo, também destacou o papel das universidades nesse processo de integração entre ciência e gestão:
“A universidade entra como parceira estratégica na produção de conhecimento aplicado à gestão pública. O OBCOOP Coleta é resultado de um esforço coletivo das universidades para gerar dados qualificados e apoiar a formulação de políticas públicas. Por meio de ações em campo, conseguimos aproximar ciência, gestão e cidadania em favor da inclusão e do desenvolvimento sustentável”, comentou.
Presente ao evento, a presidente da Funtrab, Marina Dobashi, reforçou a importância da ferramenta no apoio a públicos mais vulneráveis:
“A Funtrab tem como missão promover o acesso ao trabalho e à inclusão produtiva, especialmente entre públicos mais vulneráveis. O OBCOOP Coleta nasce como uma ferramenta essencial para isso, com dados atualizados e qualificados, poderemos atuar de forma mais assertiva no apoio aos agricultores familiares e outros grupos da economia solidária. Essa parceria com a UFMS e a Semadesc mostra como a integração entre as instituições públicas é fundamental para transformar realidades e ampliar oportunidades no nosso Estado”.
O OBCOOP Coleta é o segundo aplicativo criado pelo Observatório da UFMS. O primeiro, intitulado “Mercado Solidário”, tem como foco a comercialização de produtos para o público consumidor. Já o Coleta atua diretamente na geração e gestão de dados estratégicos do setor.
O professor Alessandro Arruda, da UFMS, explicou o diferencial tecnológico da ferramenta:
“Esse aplicativo inaugura uma nova fase de coleta de dados e compartilhamento de informações entre instituições públicas: permite que várias instituições possam realizar a coleta e atualização dos mesmos dados de forma automatizada e online. Assim, é possível construir um diagnóstico mais preciso das condições de produção de agricultores familiares, artesãos, cooperados da Economia Solidária, da Economia Criativa e outros produtores em geral. Uma ideia pensada em 2022 pelo secretário Jaime Verruck e pelo ex-reitor Marcelo Turine”.
