A LHG Mining solicitou licença ambiental para expandir suas operações no Complexo Morro do Urucum, em Corumbá, com um investimento de R$ 4 bilhões para duplicar a produção de minério de ferro de 12 para 25 milhões de toneladas anuais. O projeto pretende criar 4,3 mil empregos temporários e 500 permanentes, além de gerar significativos tributos e compensações ambientais. A empresa também se compromete a implementar práticas de ESG e otimizar a logística para minimizar impactos ambientais. A audiência pública sobre o projeto ocorrerá em 30 de setembro.
A LHG Mining protocolou pedido de licença ambiental em Mato Grosso do Sul para ampliar suas operações no Complexo Morro do Urucum, em Corumbá. O projeto prevê um investimento de R$ 4 bilhões para dobrar a produção anual de minério de ferro de alto teor, saltando de 12 milhões para 25 milhões de toneladas, o que posicionará a empresa entre as três maiores detentoras de jazidas de ferro de qualidade superior do mundo.
Com teor acima de 65% de ferro, o minério extraído na região está entre os mais puros do planeta. A ampliação acompanha a crescente demanda global por insumos de alta qualidade para produção de aço com menor impacto ambiental. A LHG Mining (MCR Mineração), controlada pelo Grupo JBS, projeta viabilidade operacional do empreendimento por até 40 anos.
O secretário estadual Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), destacou que a nova fase da mineração no Morro do Urucum deve fortalecer a economia de Corumbá e Ladário, com a criação de 4,3 mil empregos temporários durante as obras e mais 500 postos permanentes na operação, elevando o total para 2,5 mil empregos diretos. “Estamos diante de um investimento estruturante para a região, que fortalece a cadeia mineral com responsabilidade ambiental e inclusão socioeconômica”, afirmou o secretário.
Entre as obras previstas no projeto estão a instalação de um transportador de correia, duas novas plantas de beneficiamento, sistema automatizado de carregamento ferroviário e um novo terminal rodoviário, com objetivo de otimizar a logística, reduzir custos e minimizar impactos ambientais, como a emissão de poeira gerada por caminhões.
Para o coordenador de Mineração e Gás da Semadesc, Eduardo Pereira, a proposta representa avanço importante para o setor mineral de Mato Grosso do Sul. “Além da eficiência produtiva, a empresa se compromete com ações de ESG, como a gestão racional da água, controle de emissões e ações de desenvolvimento social nas comunidades do entorno”, destacou.
A audiência pública de apresentação do projeto está marcada para o dia 30 de setembro, no Centro de Convenções de Corumbá. Segundo a LHG Mining, atualmente 90% dos trabalhadores e fornecedores da empresa são sul-mato-grossenses, política que será mantida nesta ampliação. A expectativa é que a nova operação gere, por ano, cerca de R$ 350 milhões em tributos (CFEM, ICMS e ISS) e R$ 40 milhões em compensações ambientais.