Por Ogg Ibrahim
Não faz muito tempo em que, ao se olhar para qualquer lado em Campo Grande, se via o horizonte. Hoje nossa vista é ocupada por diversas edificações e essa mudança visual não necessariamente é um fator negativo.
Uma das métricas para se averiguar o crescimento de uma cidade é a quantidade de construções que nela existe e quando constatamos os inúmeros prédios que hoje preenchem a nossa visão, temos a certeza de que a nossa capital amadureceu.
De alguns anos pra cá, são incontáveis os empreendimentos imobiliários que tomaram conta da capital e nessa explosão de arranha-céus surgiram empresas que têm se destacado nesse concorrido mercado. Uma delas é a HVM Incorporadora, responsável, hoje, por empreendimentos que fogem à regra e se firmam como inovadores em vários quesitos.
O editor-chefe da CG City, Ogg Ibrahim, bateu um papo como Rodolfo Luiz Holsback, diretor da HVM. Na conversa, ele traça um panorama dos reflexos da pandemia da Covid-19 no setor e das perspectivas da empresa
Ogg Ibrahim: Tivemos um ano paralisado pela pandemia. Como isso refletiu no setor?
Rodolfo Luiz Holsback: No começo, assustou todo mundo; no setor imobiliário, mais ainda. Os primeiros meses foram uma paradeira, quase não atendemos ninguém. Depois, num segundo momento, houve uma procura enorme, já que começaram a surgir taxas de juros baixíssimas e novas linhas de crédito. As pessoas também se viram dentro de casa, trancafiadas, e começaram a pensar em melhorar suas moradias. Mas, de fato, a expansão do crédito imobiliário foi o ponto mais positivo.
OI: Qual o impacto da pandemia no andamento das obras?
RLH: Com as paralisações, tivemos que reduzir o quadro de operários e funcionários. Mantivemos menos pessoas no canteiro de obras e, apesar do custo mais elevado, conseguimos contornar a situação e seguir em frente. Hoje o que nos preocupa é o custo da inflação no setor, quase todos os materiais utilizados nas obras subiram muito de preço – um grande impacto que estamos tendo que administrar.
OI: De qualquer forma, foi um período positivo para a HVM?
RLH: A HVM cresceu na pandemia. Foi muito positivo! Fizemos bons negócios, compramos mais terrenos e estamos com boas perspectivas para o futuro. A marca cresceu e temos boas expectativas para, pelo menos, os próximos cinco anos.
OI: A que você atribui o crescimento no setor imobiliário em Campo Grande nos últimos 10 anos?
RLH: Campo Grande é ainda uma cidade pouco verticalizada, mas aumentou o desejo das pessoas de morar com segurança, praticidade e com menor preocupação com a manutenção de casa, jardim, etc. Os prédios estão cada vez mais completos e possuem uma série de equipamentos e instalações como cafés, academia e serviços diversos com um custo mais baixo. Percebemos uma mudança cultural: as pessoas agora desejam morar com conforto e praticidade mais próximo ao centro - e os edifícios com toda essa infraestrutura se tornaram mais atrativos.
OI: Qual o diferencial da HVM?
RLH: Nossa briga é com gente grande, então, precisamos ter um diferencial, atacar o que ainda não tem sido bem explorado pela concorrência. E o fato do dono da incorporadora estar por perto, ser de família local com tradição em negócios, ajuda a trazer mais confiabilidade ao investimento. Percebemos que precisávamos oferecer algo que não víamos no mercado, como apartamentos mais compactos de padrão elevado, conceito antes só encontrado em imóveis bem maiores. Hoje há um público que busca mais o design, o conforto e a qualidade de materiais e infraestrutura, sem desejar muito espaço. São pessoas de famílias pequenas e de maior renda que querem algo especial. O que víamos antes na cidade eram imóveis espaçosos com padrão alto e aptos menores com qualidade menor. Ensaiamos isso no Belvedere e deu certo. Então partimos pro Vértigo, onde temos estúdios de 45 m² com um nível de entrega e infraestrutura de lazer e serviços muito acima pra imóveis desse tamanho. Vendemos 240 estúdios do Vértigo em 10 dias. Foi um sucesso!
OI: E como você acredita que deverá ser o ano de 2021 para o setor?
RLH: Acho que em 2021 - diferente de 2020, quando ninguém sabia de nada - teremos maior previsibilidade. Penso que conseguiremos trabalhar com melhor planejamento e tranquilidade, dentro de um prazo mais curto. As coisas estão começando a clarear, mas existe uma saída e, mais cedo ou mais tarde, vamos chegar até ela. Acredito na continuidade do momento bom do mercado, apesar da oscilação das taxas de juros, e acho que a demanda por esse tipo de imóvel deve continuar. Seguiremos investindo, acompanhando a intenção do investidor e o acesso ao crédito.
OI: Quais são os principais valores da HVM?
RLH: Nossa empresa pensa muito em tecnologia, design, sustentabilidade e também nas pessoas. Temos colocado muita energia em trazer os melhores profissionais do mercado pra tocar o nosso negócio, tanto é que nosso time quase dobrou em dois anos. Como empresa nossos valores são respeito, honestidade, ética, sustentabilidade, inovação, leveza e comprometimento.
OI: E por que construir o prédio mais alto de MS (Vértigo), com 35 andares?
RLH: O terreno tinha potencial, fizemos as contas e, ao invés de fazer duas torres, optamos por uma só, com uma vista magnífica. Da maioria dos andares é possível ver quase todo o Parque dos Poderes. Hoje essa construção virou uma referência, uma assinatura nossa que acabou nos gerando ótimos negócios.
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